Carnaval e vinho – uma relação antiga

Na Grécia antiga, a divindade responsável pela colheita das uvas e pela produção do vinho, bem como da fertilidade, dos excessos e da folia, era Dioniso.

Ao longo do ano, várias festas eram dedicadas a ele, mas a principal eram as Grandes Dionísias, entre março e abril. Nessa festa, havia uma espécie de suspensão da moralidade, e o povo fazia teatro: ricos passavam por pobres, homens se vestiam como mulheres, e, ao longo de três dias, o vinho era consumido à farta.

Alguns séculos depois, em Roma, Dioniso era chamado de Baco, e em sua homenagem celebravam-se bacanais – cultos religiosos celebrados em segredo apenas por mulheres, sempre com muito vinho. Com o tempo, os bacanais são levados a público e recebem a participação dos homens, perdendo o sentido religioso original e tornando-se orgias noturnas, com desordem social.

Como se pode ver, a associação entre a folia – nosso moderno Carnaval – e o vinho é antiga. Vinhos brancos leves, como Sauvignon e Pinot Blanc, Riesling, espumantes e rosés, servidos numa temperatura refrescante, vão acompanhar muito bem suas comemorações em homenagem a Baco (ou Dioniso).

Abaixo algumas sugestões para essa época:

Louis Jadot Chablis Cellier de La Sablière
Fundada há mais de 150 anos, a Louis Jadot tem produzido vinhos de qualidade e renome internacional na Borgonha. O Cellier de La Sablière é um vinho da região de Chablis, procurada por todos que apreciam a uva Chardonnay em sua forma mais mineral e pura, com acidez refrescante. Um estágio de doze meses em barricas de carvalho ajuda a conferir mais corpo e cremosidade ao vinho, tornando-o ainda mais convidativo.
Companhia certa para momentos de calor, acompanha muito bem ostras – sua parceria ideal – bem como mariscos e queijos frescos, como os de cabra. Para quem quer conhecer os grandes vinhos brancos dessa bela e tradicional região francesa, essa é uma ótima escolha.

Espumante Estate Selection Sauvignon Blanc
Vinícola eslovena fundada em 1934. Feito pelo método Charmat com Sauvignon Blanc, uva reconhecida por sua refrescante acidez, traz ao nariz notas cítricas e herbáceas agradáveis, com toque de leveduras e brioche, aportadas por sua presença em contato com as leveduras por três meses.
Pedida certa para um fim de tarde com aperitivos, pratos leves, risotos, por exemplo, ou apenas o espumante num balde gelado, acompanhando uma boa conversa ou a folia do Carnaval.

Marques de Casa Concha Rosé
Desnecessário falar da Concha y Toro: é simplesmente a maior vinícola do Chile. Fundada por Don Melchor de Concha y Toro, tem produzido belíssimos vinhos em toda a gama.
Os vinhos rosados têm ganhado adeptos e admiradores no mundo todo, graças às suas características gustativas que reúnem o melhor dos dois mundos: o frescor dos vinhos brancos e um pouco do corpo e dos aromas dos vinhos tintos.
Este Marques de Casa Concha Rosé é um excelente exemplo disso. Feito com uma das uvas tradicionais da Provence para vinhos rosés, a Cinsault, estagia 7 meses em ovos de concreto e carvalho, ganhando mais complexidade.
Acompanha muito bem aperitivos, tapas, carnes de aves e queijos de cabra e de massa mole.

Grand Cru Pinot Noir
É bobagem dizer que vinho tinto não vai bem com calor. Quem diz isso nunca provou um leve e delicioso vinho de Pinot Noir, uva representativa dos tintos da Borgonha, que tem um belo perfil aromático e um corpo que combina bem com esta época do ano.
O Grand Cru Pinot Noir é produzido pela California Wines Company na tradicional região do Napa Valley. Com amadurecimento em carvalho durante três meses, ganha aromas frutados como cereja, framboesa e baunilha, com taninos macios, corpo leve a médio e final aveludado.
Carne de cordeiro, queijos de massa mole e massas leves são parceiros ideais para esse Pinot Noir, premiado em concursos em Los Angeles.

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