Portugal

As videiras florescem na região que hoje chamamos de Portugal desde a Idade do Bronze. Arqueólogos analisaram sementes de uva encontradas no solo que datam por volta de 2000 a.c., concluindo que os Tartessos iniciaram o plantio de videiras na região. Depois essas videiras foram cuidadas pelos Fenícios que introduziram novas variedades na região e, com a expansão do império romano, Portugal se tornou um grande polo exportador de vinhos para Roma.

Principais regiões produtoras de vinho de Portugal

Portugal é sempre lembrado por seus vinhos fortificados do Porto, pelos vinhos verdes e pelo não menos famoso vinho da Madeira. Mas o país oferece muito mais que esses tipos de vinho, possuindo mais de 250 variedades de uvas autóctones. Touriga Nacional, Touriga Franca, Arinto, Fernão Pires, Trincadeira, Aragonez, Baga, Encruzado, Tinta Barroca, Verdelho Tinto, Castelão, Alvarinho, Zé do Telheiro, Ramisco, Português Azul, Rabo de Ovelha, Negra Mole, Engana-Cão, Tinta Malandra, Espadeiro, Alfrocheiro, são algumas de muitas e muitas outras com nomes peculiares. Talvez por tamanha variedade seja tão comum encontrar blends de muitas uvas nos vinhos de Portugal. Lá, o corte é chamado de lote, e às vezes estes  podem reunir mais de dez uvas.

O vinho Verde é uma paixão nacional, a melhor pedida para se tomar em uma tasca comendo um belíssimo prato típico português. Não se sabe bem ao certo a origem do nome, obviamente a cor do vinho não é verde. Alguns afirmam que o verde remete às belíssimas paisagens do Minho, onde o verde impera, ou à sensação que o vinho traz: pela alta acidez e baixo teor alcoólico, ele não seria um vinho maduro, seria verde. Uma característica bem peculiar do vinho Verde é a sobra de gás carbônico da fermentação na garrafa, sempre tem aquela sensação de gaseificado na língua, as tais chamadas “agulhas” dos Verdes. E lembrando que é um vinho fresco para se tomar jovem, um Verde não envelhece, apenas vai perdendo suas características até ficar um vinho sem personalidade.

Aveleda Alvarinho

O Douro é a região dos famosos vinhos do Porto. Confira o post de Sugestões para o  vinho do Porto e saiba mais sobre a história e curiosidades desse precioso vinho. Confira nosso artigo sobre vinhos do Porto.
Mas nem só de Porto vive o Douro, a região sempre produziu vinhos de mesa e tem o expoente Barca Velha como um dos melhores vinhos portugueses. Atualmente o Douro tem ótima qualidade na produção de vinhos finos e excelente qualidade nos grandes vinhos, pensados e produzidos para serem excepcionais. Os vinhos brancos não são o forte do Douro, mas pode-se pensar em um vinho do Porto branco, uma experiência fenomenal do paladar.

Casa Ferreirinha Callabriga Douro

Na ditadura de Salazar, a região do Dão passou por um rigoroso controle na produção das cooperativas de vinho que deixaram uma marca que perdura até hoje. Os vinhos ficaram muito parecidos, sem variações para o consumidor. Após a derrubada do regime ditatorial, a região começa a se desenvolver e a buscar mais características de suas uvas e solos. Hoje em dia, o Dão está desenvolvendo vinhos mais complexos e com tipicidade da região.

Pedra Cancela Castas Nativas

Bem pertinho do Dão, para o lado do litoral, fica a região da Bairrada. O nome vem do barro mesmo, do solo de lama que caracteriza a região. Uma pequena área vitivinícola repleta de pequenos produtores, e hoje, também com superprodutores como Luís Pato. A casta rainha da Bairrada é a Baga, uma uva difícil de se trabalhar e que produz um vinho robusto, com muitos taninos e requer muito manejo do produtor. A Bairrada também oferece uma harmonização regional magnífica, o Leitão à Bairrada com um varietal de Baga. O leitão é assado inteiro no forno a lenha por horas e resulta em uma casca dura por fora e por dentro uma carne macia e suculenta. Temperado com especiarias da região, quando a carne é acompanhada por um belo vinho 100% Baga gera uma explosão gastronômica.

Regateiro Reserva

Algumas regiões mudaram de nome em Portugal com o passar dos anos: a região do Ribatejo, que significava literalmente a parte de cima do rio Tejo, desde 2009 chama-se apenas Tejo. E a região de Estremadura hoje é chamada de Lisboa. Certamente falaremos mais sobre essas regiões aqui no Sugestões Eniwine.

Porta 6

Um dos rótulos mais famosos das terras portuguesas é o Pêra Manca, produzido na belíssima região de Évora. Esse rótulo é um velho conhecido da viticultura portuguesa, e chegou em terras brasileiras pela primeira vez em 1808 com a chegada da família real na colônia. Há ainda quem diga que o Pêra Manca foi o vinho que Pedro Álvares Cabral abasteceu sua nau para chegar na costa brasileira. Lendas e exageros à parte, o vinho que conhecemos hoje nada tem a ver com o daquela época. A primeira colheita do Pêra Manca moderno foi em 1990, sendo assim, um rótulo jovem, mas que já conquistou muitas premiações e carrega o peso da história na garrafa. Outro velho conhecido em terras brasileiras é o Mateus Rosé com sua inconfundível garrafa em forma de cantil. Na década de 1980 foi o vinho mais comercializado do mundo e aqui no Brasil virou sinônimo de vinho português. E por último, um vinho muito conhecido dos brasileiros: o Periquita. O vinho leva a marca de primeiro vinho fino português, produzido na região do Azeitão pela Casa José Maria da Fonseca desde 1846 e também foi um dos primeiros vinhos a ser engarrafado para evitar falsificações.

José Maria da Fonseca Reserva

Atualmente, Portugal está em plena mudança. O país sempre foi conhecido pelo seu baixo nível de industrialização e técnicas tradicionais nas áreas da viticultura e da enologia. Aos poucos, o país investe cada vez mais em técnicas modernas combinadas com o melhor da uva portuguesa. O resultado tem sido espetacular com a tradição e a modernidade convivendo em harmonia nas terras lusitanas.

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