Screw cap é indicada para brancos e rosés, de safras novas, além de tintos leves

Estamos próximos do início do inverno, época em que o consumo de vinhos costuma crescer no Brasil. E, mesmo antes da chegada da estação mais fria do ano, os números de 2020 são animadores: se comparado ao mesmo período de 2019, as compras da bebida de janeiro a abril cresceram 21% no País, de acordo com a Associação Brasileira de Sommeliers (ABS). Diante disso, cabe indagar: por que alguns vinhos recebem tampas de alumínio? E quais as vantagens?

As vinícolas brasileiras começaram a aderir à tampa de rosca de alumínio, conhecida como screw cap, em 2008. Mas o vedante de alta tecnologia sofreu resistência por uma parcela de consumidores, a qual preferia a tradicional rolha de cortiça. No entanto, as inúmeras vantagens e a garantia da preservação do aroma e sabor têm se sobressaído nos mercados nacional e internacional.

“Esse preconceito está presente em várias regiões do mundo, mas é totalmente infundado. Existem muitos vinhos maravilhosos e que evoluem muito bem com a screw cap. Felizmente, com o acesso crescente à informação, o consumidor tem mudado esse pensamento e está mais aberto para provar vinhos com esse tipo de vedante de garrafas”, comenta Júnior Medeiros, sommelier da Eniwine e vice-presidente da ABS. 

O profissional cita como exemplo três vinhos importados de qualidade com tampa de rosca de alumínio: Conundrum – Caymus Vineyards (Estados Unidos), Kesselstatt Riesling (Alemanha) e Rippon Vineyard (Nova Zelândia). Em relação aos nacionais, os indicados pela plataforma digital Eniwine são: Cordilheira de Sant’Ana Chardonnay 2016 e Monte Agudo Vivaz Sauvignon Blanc 2018.

Desde a sua criação, essa tampa de alta tecnologia já se espalhou pelo mundo todo. No Brasil a presença ainda é um pouco tímida, mas em países como Nova Zelândia, África do Sul, Estados Unidos e Chile, a solução ganhou espaço.

“Esse tipo de vedante está crescendo muito a cada dia, pois é moderno, confiável e seguro”, reforça Medeiros.

A vinícola Salton, de Bento Gonçalves (RS), começou a utilizar as tampas metálicas a partir do lançamento da linha de frisantes Lunae, em 2008. Luciana Salton, diretora-executiva da empresa, concorda que a solução é cada vez mais usada no Brasil e no mundo.

“A escassez da cortiça contrasta com o aumento anual no consumo e produção de vinhos”, afirma.

A tendência, na avaliação da dirigente da Salton, é que, no futuro, a rolha de cortiça seja mais direcionada para os chamados “vinhos de guarda”, que amadurecem por anos em contato com a rolha.

“Para os vinhos leves e frutados, que têm como característica esperada o frescor, as tampas de rosca cumprem seu papel com eficiência e facilidade.”

Vinhos com tampa de alumínio indicados por Júnior Medeiros, sommelier da Eniwine e vice-presidente da ABS


Rippon Vineyard (Nova Zelândia)

Conundrum – Caymus Vineyards (Estados Unidos)
Kesselstatt Riesling (Alemanha)

Cordilheira de Sant’Ana Chardonnay 2016 (Brasil)

Monte Agudo Vivaz Sauvignon Blanc 2018 (Brasil)

Indicação
De fato, as screw caps têm sido mais utilizadas para vedar garrafas de vinhos brancos e rosés, de safras novas, e vinhos tintos leves com preços abaixo de R$ 100. Rogério D’ávila, CEO da Ravin Importadora, estima que esse tipo de tampa represente 12% dos vedantes de vinhos no País e 25% no mundo.

D’ávila também acredita que os grandes produtores de vinhos no mundo, cujo preço de importação da caixa com 12 garrafas (9 litros) está abaixo de US$ 40, devam usar as screw caps em 30% da produção — incluindo grande parte de brancos e rosés.

“Há cerca de 10 anos, essa utilização era quase zero.”

Ainda segundo o CEO da Ravin, é uma questão de mais alguns anos para que o mercado aceite 100% a tampa de alumínio.

“O que precisamos é comunicar os benefícios e as garantias de qualidade”, defende.

Vantagens
A tampa de rosca de alumínio substitui a rolha e a cápsula com um custo menor de operação, além de trazer praticidade no armazenamento e conveniência no manuseio.

“Não é necessário usar saca-rolhas, além da zero contaminação por TCA [fungo]”, acrescenta Daniel Salvador, presidente da Associação Brasileira de Enologia (ABE).

O TCA acomete 3% das rolhas de cortiça no mundo e gera o chamado bouchonée, quando o vinho apresenta aspecto mofado ou avinagrado por ter sido contaminado por fungos.

Guilherme Superbia, gerente de Excelência Comercial e Marketing da Novelis, umas das fornecedoras de alumínio para esse segmento, comenta que as tampas de alumínio protegem adequadamente o líquido dentro da garrafa, mantendo a qualidade e o sabor do produto.

“Além disso, são fáceis de abrir e permitem o fechamento da garrafa após consumo parcial do vinho”.

Superbia lembra ainda o fato de o alumínio ser infinitamente reciclável.

“Os ganhos da reciclagem são muitos. Dentro da esfera ambiental podemos listar a menor destinação de resíduos ao meio ambiente e também o menor consumo de recursos naturais para produção do alumínio”, destaca

Vantagens da tampa de rosca de alumínio: menor custo de operação, praticidade no armazenamento e conveniência no manuseio
Vinhos em lata Arya, da marca DistillRuptive: levam a assinatura de Diego Arrebola, eleito três vezes o melhor sommelier do Brasil

Vinhos em lata
Além das screw caps, as latinhas de alumínio também se tornaram tendência no mercado de vinhos no mundo inteiro. Desde 2019, algumas empresas passaram a ofertar a bebida nessa embalagem no Brasil, conforme divulgado pelo portal Revista Alumínio.

Recentemente, foi lançada a linha Arya, da marca DistillRuptive. Os vinhos (proseccorosé, branco e tinto) levam a assinatura de Diego Arrebola, eleito três vezes o melhor sommelier do Brasil. Com 269 ml, as latinhas são práticas e gelam rapidamente.

Outra novidade é a linha Bliss, idealizada por duas empreendedoras, Raquel Scherer e Priscila Simon, de Novo Hamburgo (RS). A marca oferece duas versões na latinha de 269 ml (vinho rosé de pinot noir e vinho branco de chardonnay).

Fonte: https://revistaaluminio.com.br/pratica-e-segura-tampa-de-aluminio-e-excelente-opcao-para-vedacao-de-vinhos/

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